quarta-feira, 24 de junho de 2009

Leitura compartilhada



Suzana,também da EEIJ,nos disponibilizou uma versão digital do livro. Aqueles que desejarem receber, enviaremos por e-mail.

COMENTÁRIOS, POR FAVOR!

NÓS,FORMADORAS DO CURSO, ESTAMOS SENTINDO FALTA DOS COMENTÁRIOS DE NOSSOS ALUNOS E ALUNAS NO BLOG. ESCREVAM, POR FAVOR!AS DÚVIDAS TAMBÉM SERÃO BEM RECEBIDAS!

Cruzadinha junina

Com banco de palavras, torna-se numa excelente atividade de leitura para os pré-silábicos e silábicos. Retirando o banco,transforma-se numa atividade de escrita para os silábicos-alfabéticos e alfabéticos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

XIV Ciclo de Estudos em Alfabetizaçao

“Gêneros textuais: conceitos, ensino e produções escolares”

O Proalfa tem o prazer de convidá-lo para o XIV Ciclo de Estudos em Alfabetização.

Título da palestra: Poesia x Música: convergências e ensino

“A aproximação entre música e poesia como pratica pedagógica com vias a uma abordagem estilistica dos fatos expressivos da lingua é o tema principal desse encontro. Como explorar os vieses social e didático dos textos musicais no processo de incentivo e valorização da leitura, a partir da apreciação dos recursos lingüístico-expresivos do idioma em salas de aula dos Ensinos Fundamental e Médio”.

Palestrante: Aretuza Pacheco S. Vitelbo da Silva (mestre em Língua Portuguesa pela UERJ; professora da Rede Estadual (SEE) e do Sistema Elite de Ensino).

Dia 29 de junho (segunda-feira), às 18 h.

Local: Auditório 93 (UERJ)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Créditos

Todas as atividades publicadas neste blog até agora são de autoria da professora Beatriz Gonella, formadora do curso "Ler e escrever,escrever e ler, dos rascunhos ao produto final" (EEIJ - NIIE)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A saída é a formação do professor alfabetizador

Para desenvolver este artigo, parto de dois pressupostos. Primeiro: o que garante a qualidade da Educação que acontece de fato nas escolas é, sobretudo, a qualidade do trabalho profissional dos professores. O segundo: a qualidade do trabalho profissional dos professores tem dependido essencialmente da formação em serviço, pois a inicial tem se mostrado inadequada e insuficiente.

Diante disso, me concentro numa questão: a competência da escola pública brasileira para produzir cidadãos plenamente alfabetizados, requisito mínimo para falar em Educação de qualidade. É preciso admitir que nossa incapacidade para ensinar a ler e a escrever tem sido responsável por um verdadeiro genocídio intelectual.

A existência de um fracasso maciço, o fato de ele ter sido tratado como natural até poucos anos atrás e a fraca evolução desse quadro em 40 anos comprovam como vem sendo penoso ensinar os brasileiros que dependem da rede pública. Pesquisas de campo mostram a enorme dificuldade que os educadores têm para avaliar o que os alunos já sabem e o que eles não sabem. Aqueles que produzem escritas silábico-alfabéticas e alfabéticas na 1ª série e que teriam condições de acompanhar a 2ª série – pois podem ler e escrever, ainda que com precariedade – são retidos. Por outro lado, os bons copistas e os que têm letra bonita ou caderno bem feito são promovidos.

Quando se trabalha com esse tipo de indicador, até avanços na aprendizagem acabam sendo prejudiciais. Muitas crianças que aprendem a ler começam a “errar” na cópia. Elas deixam de copiar letra por letra e passam a ler e escrever blocos de palavras, em geral unidades de sentido. Isso faz com que cometam erros de ortografia ou unam palavras. O que indicaria progresso é interpretado como regressão, pois, por incrível que pareça, nem sempre o professor sabe a diferença entre copiar e escrever.

Essa é uma dificuldade de avaliação comum nos quatro cantos do país e que explica em grande parte por que muitos alunos de 4ª série não leem e não entendem um texto simples. Eles costumam ser os que terminam a 1ª série sem saber ler ou lendo precariamente. Nas séries seguintes, passam o tempo copiando a matéria do quadro-negro ou do livro didático. Ao serem perguntados sobre o que fariam para melhorar a qualidade da leitura e do texto produzido por esses estudantes, os profissionais que lecionam para a 2ª, 3ª ou 4ª série costumam dizer que não há o que fazer, já que eles foram mal alfabetizados e, além disso, as famílias não ajudam.

Nos últimos 25 anos, estive envolvida com programas de formação docente em serviço em todos os níveis possíveis: desde a implantação de uma unidade educacional até a formação em nível nacional. Essa experiência me dá condições de afirmar que não existem soluções mágicas para resolver em pouco tempo os problemas da escola brasileira. A qualidade da Educação – e especificamente da alfabetização – só melhorará quando as políticas educacionais forem um projeto de Estado e não de governo.

TELMA WEISZ é supervisora do Programa Ler e Escrever, da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo